Creio que nós adultos quando jogamos a nossa migalha de memória pra relembrar a infância temos ótimas oportunidades de reafirmar tudo que somos: amável, frágil, inseguro, perseverante, impulsivo, crente...
Mas isso tudo pode ser comida de pombos, como na historinha. Ser aquilo que nos resguardamos para tentar resgatar ou reafirmar algo que ficou lá traz. E todas as vezes que a bruxa balança (http://letras.terra.com.br/milton-nascimento/102443/como dizia Milton) agente chama o menino para dar a mão.
E quando sua criança lhe dá a mão? E a criança que está aí dentro, do lado, acima, gritante, brilhante, inquietante...
A criança consegue sentir numa intensidade muito maior que a nossa que deixamos o racional tomar conta full time.
Você já percebeu a quantidade de possibilidades e respostas que uma criança tem para a mesma coisa?O que é isso? O que fazemos com as nossas formas de pensar que nos projetam para uma coisa só e unificada.
Enquanto socialmente racionalizar para resumir e chegar a uma conclusão tem uma importância significativa, somos levados a ir mais longe que isso. A fazer-crer, quando, em alguns momentos essa é uma mera tentativa de garantir crédito às coisas que não deveriam ser diferentes. Mas infelizmente "o mundo muda o mundo vira" (http://letras.terra.com.br/os-novos-baianos/1714833/).
É importante não "engordar" e matar a bruxa para não ser prisioneiro. A criança usa a sua criatividade de forma espetacular para que suas mazelas, suas mortes e crenças não lhe permitam findar. E quando coloca sua criatividade em ação fomenta seus talentos.
Que gostoso seria podermos resgatar a criança com estratégias emocionais, racionalidades impulsivas e comportamentos fluidos.
Se o mundo deixa ou não fazer isso? Não sei, mas o que você deixa que o mundo faça com você?
Acho que é por isso que escolhi que a criança que mora no coração consiga, sempre que dá, balançar junto.
E aí... Tem um tempinho pro parque?
Lulúdico do Pandeiro
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