domingo, 22 de janeiro de 2012

A Crença no Fazer


Tem um tempo que venho pensando como as coisas vão se construindo nesta vida.
A minha primeira recreação de aniversário foi em 2008. Eu tinha em mãos algumas sacolas de supermercado com colheres, limão, ovos e uma mãe que acreditava que aquilo ia dar certo... Aí pensei comigo: não sei o que vou fazer!!!

Mas aconteceu. É isso que importava. Meu primeiro nervosismo, coisa de quem entra no palco, se calou quando as crianças começaram a compartilhar ideias de brincadeira.

Naquela ocasião a dança do limão, o ovo na colher e o pega-pega eram tudo que vinha da minha criatividade.

Mas foi nessa recreação que descobri uma coisa que pra mim é um lema: não importa o que aconteça, não importa qual é a atividade. O importante é fazer a coisa acontecer.

Quando falo a coisa me refiro a invocação do espírito brincante. Sou brincante de bandeira em estandarte, não apenas porque brinco, mas porque neste meu trabalho faço-o com muita dignidade, respeito a infância e principalmente: prazer!

É deste prazer que vem o foco nas possibilidades que o tempo todo está me levando para um lugar comum entre mim e a criança e transformam os erros em pontes para alcançar os ajustes.

Assim, se pudesse falar uma daquelas coisas tipo, como os sábios de barba branca e lisa dos contos, falaria: acredite no que você faz e fará bem.

Essa metodologia de vida tem dado certo por uma coisa simples e favorecedora que é a intuição tão fundamental no mundo infantil

Assim que venho me fazendo, a trancos, barrancos, vales e alpes... E com aquele friozinho na barriga neste eterno sobe e desce da vida.

Lulúdico

3 comentários:

  1. Que lindo Lu! Eu sempre acreditei nisso! E mais: é preciso ter muita sensibilidade para pisar num terreno como esse. A criança, pela pureza da alma, não esconde nada e entrar no mundo delas não é tão fácil, precisa de entrega sincera e muita generosidade, coisas que você tem de sobra.

    bjos!

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  2. Valeu Ivana, não é fácil mesmo. Tem que acreditar... Pois o erro estará sempre conosco, porém nem sempre será percebido, pois é integrante natural do processo. Então creio que quando acreditamos fica mais fácil, errar e usá-lo ao nosso favor.

    Bjos!

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  3. Não acredito!! Lucas, aquele "estagiário" do CAPSia em meados de 2008, com quem eu encontrei, por acaso, no dia da sua formatura em Psicologia, agora desenvolve esse super trabalho?!?! que orgulho!! parabéns Luquinhas, pela capacidade de criar e inovar! agora que tenho uma pequena para "chamar de minha", espero poder contar com suas inventividades em alguma ocasião! Beijos e sucessos sempre! Lorena (psi/ "ex-capsia")

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